Mulheres são as principais vítimas das doenças ocupacionais

As mulheres são as vítimas preferenciais de Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), antes conhecidos como LER (Lesões por Esforço Repetitivo). Mundialmente, a cada grupo de 100 pessoas com LER/Dort, de 80 a 85 são mulheres.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, de cada 100 trabalhadores do Estado de São Paulo, um apresenta algum sintoma relacionado a esse mal. E, entre eles, 50,8% são mulheres.

“É um problema social. As profissões de risco, como trabalho em linha de montagem, digitação e telemarketing, são assumidas por mulheres”, diz Maria Maeno, médica do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de São Paulo. Entre os bancários, categoria profissional mais castigada pela doença (64,9%), as mulheres correspondem a 51,6% do total de casos.

Causas

As LER/Dort podem ser provocadas por várias causas. Na realidade esta é a classificação de um conjunto de males provocados pela atividade que a pessoa executa durante o trabalho, mas o distúrbio também pode estar relacionado à má postura ou ao excesso de movimentos.

Para Mogar Dreon Gomes, ortopedista da Santa Casa de São Paulo, esses problemas afetam o chamado sistema muscular-esquelético, que engloba os membros superiores, os inferiores, a coluna cervical e a lombar. “Entre as doenças classificadas como LER/Dort estão a tendinite, que é a inflamação dos tendões, a cervicalgia e a epicondilite – respectivamente, dor no pescoço e no cotovelo”, diz o médico.

Tratamento

O melhor tratamento é impor limites no trabalho. Adequar o local, como ajustar cadeira na posição certa, e interromper o trabalho a intervalos regulares durante o dia. Se a dor já ocorre de maneira muito intensa, a solução é procurar um médico, que irá utilizar aparelhos de calor, como o ultra-som, para diminuir as dores. Exercícios físicos, como o alongamento, e de fisioterapia ajudam a manter a postura e o equilíbrio.

Segundo Luiz Bernardo Leonelli, do Instituto Nacional de Prevenção das LERs, o trabalhador pode perder a força muscular e a coordenação motora, o que determina seu afastamento do trabalho. Nesses casos continuará recebendo o salário. Os primeiros 15 dias serão pagos pela empresa e os restantes pelo INSS. Ele pode ainda pedir indenização pelos danos físicos causados.

Em qualquer situação precisa ficar comprovado que se trata de uma doença ocupacional. “É importante que o trabalhador se sinta estimulado e valorizado dentro da empresa, vivenciando sua experiência profissional com mais prazer e em um ambiente onde os colegas se respeitem”.

Conserto Consultoria valoriza o trabalho da mulher e parabeniza a todas as mulheres neste dia especial.

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